quarta-feira, 14 de abril de 2010

QUESTÕES TÉCNICAS - TRANSMISSÃO

 
 

As questões técnicas que vou abordar - A transmissão da bicicleta - são recorrentes para os praticantes de BTT. Dirijo-me especialmente aos meus amigos não praticantes ou que sendo-o nunca pensaram no tema. Para isso, vou apoiar-me no que tenho instalado na minha Kona, que, aqui para nós, tem alguns exageros, mas é adequado para mim.
A transmissão compõe-se essencialmente de dois conjuntos de carretos, os da cassete acoplada à roda traseira e três carretos acoplados aos pedais. Estes dois conjuntos de carretos são interligados pela corrente. As mudanças de carretos são feitas pelos desviadores que são comandados do guiador, o do pedaleiro no lado esquerdo e o da cassete traseira do lado direito.
Na minha menina, o maior carreto do pedaleiro tem 44 dentes, o médio 32 e o mais pequeno 22 dentes. A cassete traseira compõe-se de 8 carretos, sendo que o maior tem 32 dentes (um abuso) e o menor 11 dentes.
Na prática, quanto maior (+dentes) for o carreto pedaleiro maior velocidade se consegue imprimir e quanto menor (-dentes) for mais força se consegue disponibilizar. Na cassete traseira, funciona ao contrário, quanto maior o carreto mais força e menos velocidade, quanto menor mais velocidade.
Para o que vou referir a seguir é importante falar da cadência de pedalada, ou seja, o número de pedaladas que damos por minuto. É de extrema importância que cada praticante encontre a sua própria cadência. A partir daí, a cadência mantêm-se sempre mais ou menos constante, o que vai variar são os carretos engrenados que se alteram conforme as necessidades. No meu caso concreto, a cadência média é de uma pedalada por segundo.
Assim, se me encontrar num local plano e as restantes condições o permitirem, vou engrenar o carreto mais pequeno atrás (11 dentes) e à frente (no pedaleiro) o carreto maior (44 dentes). Isso significa que por cada pedalada a roda vai dar quatro voltas (44/11=4). Na minha cadência normal (uma por segundo) faço cerca de 3600 pedaladas por hora o que multiplicado por 2,05metros(perímetro da roda) e por 4 (voltas da roda por cada pedalada) obtenho a velocidade de 29,25Km/h. Se ao contrário, engrenar o carreto maior atrás (32 dentes) e o menor no pedaleiro (22 dentes, por cada pedalada a roda dá apenas 0,69 de volta o que multiplicado pelas 3600 pedaladas/hora e pelo perímetro da roda (2,05m) obtenho 5,09km/hora, nesta caso, desde que tenha condições de aderência, subo qualquer rampa. Os exemplos anteriores são extremos, para velocidade e força e no intermédio muitas outras combinações são possíveis, o que, com o hábito, se faz instintivamente.
E pronto! Espero não ter sido maçador. Se gostarem de saber mais coisas, perguntem que estou ao Vosso dispor.

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