terça-feira, 30 de março de 2010

O treinos continuam

Os treinos e o teste à máquina continuam. Hoje o treino foi controlado e os resultados continuam animadores. A máquina continua bem, as afinações do selim ainda continuam, mas já muitos finas.
A minha intenção não é fazer grandes treinos, mas pequenos e com a maior assiduidade possível. No de hoje, foram 24,750km, percorridos em 1hora e 11 minutos, sendo a média de 20,7km/hora. Na descida de Ranholas a confiança já foi maior o que levou à velocidade máxima de 55km/h.
Fisicamente sinto-me quase em forma. O período de aquecimento ainda não está muito pacífico porque ainda surgem algumas dores. O coração do motor bateu à média de 133/minuto.
Pronto! E amanhã há mais…

domingo, 28 de março de 2010

GORILLAPOD



Depois de ver as fotografias, não vale a pena perguntar o que é um Gorillapod, não é?
Eu também não conhecia este magnífico tripé para máquina fotográfica, muito útil para quem viaja sozinho, mas o dia do pai traz destas maravilhas! Grande invenção!

Agora que os aspectos principais da logística estão prontos, não percam nos próximos dias os detalhes da preparação operacional e não só…

quinta-feira, 25 de março de 2010



08/Março/2010

Depois de oito dias longe da minha Kona, lá vou eu, ansioso, à C.C. Bikes, para ir buscar a minha menina.
Decepcionante… Não estava pronta!
Já estava preparado para a dificuldade de encontrar algumas peças, nomeadamente a pedaleira do meio. Na verdade, deixou de se usar pedaleiras com cinco furos de apoio, como é o caso. Como também não pretendo incorporar componentes de baixa qualidade, as alternativas seriam continuar a procurar ou substituir o grupo pedaleiro inteiro, sendo que a segunda alternativa era muito cara.
Decidi esperar por mais procura.

17/Março/2010

Já tinha solicitado à AEJ-Lisboa (Associação Espaços Jacobeus), por mail a Credencial de Peregrino. Neste dia, fui encontrar-me com o Gonçalo Cabral, da AEJ, para levantar a Credencial. Disseram-me que a credencial era importante e, na verdade, foi muito fácil de obter…
O Gonçalo Cabral foi impecável. Deu-me bastante informação que depois reforçou por mail.

22/Março/2010

Finalmente a boa notícia!
Todo o material já tinha chegado e amanhã poderia ir buscar a bicla.

23/Março/2010

Pronto! Aí está ela! Linda, como sempre e afinadinha.
Aí vamos os dois dar uma volta para matar saudades. Ao fim da tarde, continuaram as invenções para que corra tudo bem na viagem… colocação da campainha, redução do tamanho da prancheta dos apontamentos, colocação dos suportes de GPS e telefone, um farolim traseiro e uma Vieira…sim uma Vieira, o símbolo de Santiago.

25/Março/2010

Simulei hoje uma manhã do caminho. Comecei por percorrer cerca 30km apenas com duas paragens para as derradeiras afinações do selim que se mantém (pure) e no final, fui ao supermercado… Nunca tinha conseguido fazer tal coisa com medo de ficar sem a menina… apesar do cadeado.
Não consegui fazer controle de distâncias, médias, etc. porque o ciclometro ficou sem pilha… 

Dia grande, também, o de hoje… Abri este BLOG que espero melhorar, nos próximos dias, com a ajuda do meu filho Gonçalo e da Elisabete. Assim, a partir de hoje, actualizarei a informação, no imediato e sempre que se justifique.

PREPARATIVOS





15 e 16/Fevereiro/2010

Para além da leitura da Bike de Fevereiro, que me deu o click, passei logo umas horas na internet a fazer pesquisas sobre o tema e descobri imensas coisas.
Até agora, não me deixei convencer que, para fazer isto, é necessário ser um craque da bicicleta. Acredito que quem tiver tempo e dá umas pedaladas de vez em quando, consegue fazê-lo. Organizei algumas ideias e passei à prática. Mal dei por mim, já tinha comprado os alforges e uma série de outras coisas, que na altura me pareceram importantes.

Como a minha companheira de viagem irá ser a de há 14 anos, uma Kona Sex Tree, que tem suspensão atrás e à frente, não é muito pacífico o transporte dos alforges e considerando o que vi na internet, pareceu-me que poderia, eu mesmo, fazer um suporte para o transporte dos ditos alforges.
Se bem o pensei, melhor o fiz. Varão de aço inox de 5mm, mede daqui, mede dali, corta e solda, solda e corta… e está feito e… lindo! Outros aspectos, como uma prancheta para os mapas, mais bolsas de transporte… e está feito… Pronta para os primeiros testes.
Para uma viagem, à partida de pelo menos 600Kms as questões mecânicas também têm que ser devidamente cuidadas e desta vez, não vou eu fazer, mas entregar aos cuidados da CC Bikes (Ex. Bike Dream) que é pertinho da minha casa.

17/Fevereiro/2010

Alforges no seu lugar, fiz o primeiro teste com dois garrafões de 5l de água, um de cada lado. Decepção… nem seque fui à rua experimentar. Tudo baloiçava de tal forma que seria impensável conduzir, assim, a bicicleta.
De volta aos ferros, mais cortes e soldaduras, com alguns reforços atingi a estabilidade que me pareceu aceitável.
Nem mais um minuto de espera, toca a equipar e aí vou eu passear dois garrafões de água nos alforges. A primeira paragem foi na CC Bikes para mostrar as minhas habilidades, e falar da minha aventura…
O comportamento do conjunto já era aceitável, mas a concentração da massa em 10 litros fez-me pensar que com carga real, roupas etc., as coisas seriam mais pacíficas.
Bem, mas testes são testes… e estrada com ele…. Subi até S. Marcos, desci até à rotunda que dá acesso à A5 e dá até a casa. Foram cerca de 15Km que, globalmente me animaram. Acreditei que a troca daquela carga ocasional pela carga real traria boas condições para circular. É certo que os notórios efeitos do vento, especialmente o lateral, eu não conseguiria corrigir e a ele só teria que me adaptar.

Á noite, reuni o que me pareceu essencial para a viagem e que a seguir descrevo e que na altura da partida vou corrigir, talvez com redução de alguns itens:
Computador portátil (Note Book) e respectivo carregador; Máquina Fotográfica; GPS e Telefone; Um par de sapatos tipo sport; Sete tshirts; Sete pares de meias e roupa interior; Um par de calções BTT suplente; Duas toalhas de rosto; Um polar; Um blusão leve; Um saco cama; Um par de calças de ganga; Chinelos; Um saco cama; Estojo com artigos de higiene; Mini farmácia.

18/Fevereiro/2010

Tudo acomodado nos alforges, com excepção do saco cama e o blusão que vão fora, vamos às pesagens. Sim, porque o motor tem que saber com que carga conta… e foi assim:
- Bicicleta com o suporte dos alforges, 14Kg;
- Alforges e recheio, 9Kg;
- Total do conjunto 26kg, incluído um par de pequenas bolsas, no quadro e uma bolsa,
já com ferramentas e com espaço, para o que for necessário, instalada no guiador;
- Camel Bag às costas com 2l de água e com bastante espaço disponível.

Aí vai para a estrada o primeiro teste a sério à máquina… e ao… físico… Abóboda, Trajouce, Autódromo, Rotunda de S. Pedro de Sintra, apenas com duas paragens rápidas para afinação do selim de teste, cedido pela CC Bikes e regresso a casa.
Ânimo foi coisa que não faltou… foram 24Km de percurso, numa hora e vinte minutos, à média de 17,8Km/h. A condução foi aceitável e cheguei ao fim sem sinais de cansaço.
O selim (WTB-Leisure) é tipo sofá, mas em termos ergonómicos, não me parece muito adequado.

19 /Fevereiro/2010

A definição do selim mais adequado é essencial. Por isso, estrada com ele com um novo selim (WTB-Pure), mas, desta vez sem carga. Apenas duas paragens muito rápidas para afinações e sem paragens uma volta semelhante à de ontem. Desta vez, o tempo reduziu para uma hora e quinze e a média foi de 19,6. O selim, embora mais duro, parece-me ergonomicamente mais adequado, pelo que vou continuar com ele mais algum tempo.

01/Março/2010

O selim continua a ser um foco de atenção. Para além disso, e no que à bicicleta diz respeito, nada mais me preocupa.
Para começar bem a semana, delineei para hoje um percurso exigente. Saída de casa, sem os alforges, em direcção a Abóboda, Manique de Cima, Lagoa Azul. Barragem do Rio da Mula, Malveira, Portela da Azóia, Pé da Serra, Almoçageme, Colares, Sintra, Trajouce, Abóboda e casa.
Desta vez, como o farei a partir de agora, utilizei pulsómetro. A leitura e controlo das pulsações é de grande importância para que não sejam atingidas situações de ruptura física.
O percurso foi feito em ritmo de passeio, com paragens na Lagoa Azul, na Barragem do Rio da Mula, na Portela de Azóia, a técnica de parar para comer uma maçã e em Sintra pala complal pilas pala a máquina fotogláfica (a chinesinha, que era muito simpática, não vai ler isto…). Também tirei algumas fotografias pelo caminho.
Tratou-se de um percurso que poderia muito bem ser uma etapa da minha aventura. Os 53,790Km foram percorridos em 3horas e 2 minutos, à média de 17,6Km/hora. O coraçãozito fez uma média de 134 batimentos por minuto, nas 3h e 37minutos do controle em que a pulsação máxima foi de 163/minuto.
No final conclui que a média foi baixa, mas o percurso era exigente e poderia ter imposto melhor ritmo, mas isso não era o objectivo. Facto é que cheguei ao fim com pernas para dar e vender…. O selim é adequado, mas se encontrar outro com ergonomia semelhante e mais macio, este deixará de ser alternativa.
O meu estado físico parece-me que começa a estar dentro do aceitável. As subidas foram feitas tranquilamente e sem grande esforço. Na subida que se seguiu à Barragem do Rio da Mula estava mais fresco e quando reparei, as pulsações estavam a ultrapassar as 160/minuto, logo reduzi o ritmo. Daí por diante evitei ultrapassar as 150/minuto e senti-me muito confortável. Vou reduzir o alarme de pulsação máxima para 150/min.

23, 24 e 25/Fevereiro/2010

Em todos estes dias, fiz um circuito de cerca de uma hora, com as médias a melhorarem e às voltas com o selim...

26/Fevereiro/2010

Despedi-me da minha companheira que ficou bem entregue à CC Bikes para ficar como nova. Transmissão, quase toda nova..., verificação dos cubos, etc... etc... A promessa é que dentro de 8 dias está pronta. HM
Este ano vou a Santiago de Compostela… diria alguém que, há muitos anos, ansiava ir àquele local de peregrinação. Por mim, que já por lá passei três vezes, duas de carro e uma de mota, tal não me passaria pela cabeça, a não ser que se tratasse de um programa pouco comum.
Um pequeno gesto, como desfolhar uma revista (Bike Magazine de Fevereiro), num supermercado, deu-me o click para a minha próxima aventura. Ir até Santiago de Compostela, de BTT, pelos Caminhos de Santiago, sozinho e em total autonomia, ou seja, sem qualquer apoio no caminho.