quinta-feira, 25 de março de 2010

PREPARATIVOS





15 e 16/Fevereiro/2010

Para além da leitura da Bike de Fevereiro, que me deu o click, passei logo umas horas na internet a fazer pesquisas sobre o tema e descobri imensas coisas.
Até agora, não me deixei convencer que, para fazer isto, é necessário ser um craque da bicicleta. Acredito que quem tiver tempo e dá umas pedaladas de vez em quando, consegue fazê-lo. Organizei algumas ideias e passei à prática. Mal dei por mim, já tinha comprado os alforges e uma série de outras coisas, que na altura me pareceram importantes.

Como a minha companheira de viagem irá ser a de há 14 anos, uma Kona Sex Tree, que tem suspensão atrás e à frente, não é muito pacífico o transporte dos alforges e considerando o que vi na internet, pareceu-me que poderia, eu mesmo, fazer um suporte para o transporte dos ditos alforges.
Se bem o pensei, melhor o fiz. Varão de aço inox de 5mm, mede daqui, mede dali, corta e solda, solda e corta… e está feito e… lindo! Outros aspectos, como uma prancheta para os mapas, mais bolsas de transporte… e está feito… Pronta para os primeiros testes.
Para uma viagem, à partida de pelo menos 600Kms as questões mecânicas também têm que ser devidamente cuidadas e desta vez, não vou eu fazer, mas entregar aos cuidados da CC Bikes (Ex. Bike Dream) que é pertinho da minha casa.

17/Fevereiro/2010

Alforges no seu lugar, fiz o primeiro teste com dois garrafões de 5l de água, um de cada lado. Decepção… nem seque fui à rua experimentar. Tudo baloiçava de tal forma que seria impensável conduzir, assim, a bicicleta.
De volta aos ferros, mais cortes e soldaduras, com alguns reforços atingi a estabilidade que me pareceu aceitável.
Nem mais um minuto de espera, toca a equipar e aí vou eu passear dois garrafões de água nos alforges. A primeira paragem foi na CC Bikes para mostrar as minhas habilidades, e falar da minha aventura…
O comportamento do conjunto já era aceitável, mas a concentração da massa em 10 litros fez-me pensar que com carga real, roupas etc., as coisas seriam mais pacíficas.
Bem, mas testes são testes… e estrada com ele…. Subi até S. Marcos, desci até à rotunda que dá acesso à A5 e dá até a casa. Foram cerca de 15Km que, globalmente me animaram. Acreditei que a troca daquela carga ocasional pela carga real traria boas condições para circular. É certo que os notórios efeitos do vento, especialmente o lateral, eu não conseguiria corrigir e a ele só teria que me adaptar.

Á noite, reuni o que me pareceu essencial para a viagem e que a seguir descrevo e que na altura da partida vou corrigir, talvez com redução de alguns itens:
Computador portátil (Note Book) e respectivo carregador; Máquina Fotográfica; GPS e Telefone; Um par de sapatos tipo sport; Sete tshirts; Sete pares de meias e roupa interior; Um par de calções BTT suplente; Duas toalhas de rosto; Um polar; Um blusão leve; Um saco cama; Um par de calças de ganga; Chinelos; Um saco cama; Estojo com artigos de higiene; Mini farmácia.

18/Fevereiro/2010

Tudo acomodado nos alforges, com excepção do saco cama e o blusão que vão fora, vamos às pesagens. Sim, porque o motor tem que saber com que carga conta… e foi assim:
- Bicicleta com o suporte dos alforges, 14Kg;
- Alforges e recheio, 9Kg;
- Total do conjunto 26kg, incluído um par de pequenas bolsas, no quadro e uma bolsa,
já com ferramentas e com espaço, para o que for necessário, instalada no guiador;
- Camel Bag às costas com 2l de água e com bastante espaço disponível.

Aí vai para a estrada o primeiro teste a sério à máquina… e ao… físico… Abóboda, Trajouce, Autódromo, Rotunda de S. Pedro de Sintra, apenas com duas paragens rápidas para afinação do selim de teste, cedido pela CC Bikes e regresso a casa.
Ânimo foi coisa que não faltou… foram 24Km de percurso, numa hora e vinte minutos, à média de 17,8Km/h. A condução foi aceitável e cheguei ao fim sem sinais de cansaço.
O selim (WTB-Leisure) é tipo sofá, mas em termos ergonómicos, não me parece muito adequado.

19 /Fevereiro/2010

A definição do selim mais adequado é essencial. Por isso, estrada com ele com um novo selim (WTB-Pure), mas, desta vez sem carga. Apenas duas paragens muito rápidas para afinações e sem paragens uma volta semelhante à de ontem. Desta vez, o tempo reduziu para uma hora e quinze e a média foi de 19,6. O selim, embora mais duro, parece-me ergonomicamente mais adequado, pelo que vou continuar com ele mais algum tempo.

01/Março/2010

O selim continua a ser um foco de atenção. Para além disso, e no que à bicicleta diz respeito, nada mais me preocupa.
Para começar bem a semana, delineei para hoje um percurso exigente. Saída de casa, sem os alforges, em direcção a Abóboda, Manique de Cima, Lagoa Azul. Barragem do Rio da Mula, Malveira, Portela da Azóia, Pé da Serra, Almoçageme, Colares, Sintra, Trajouce, Abóboda e casa.
Desta vez, como o farei a partir de agora, utilizei pulsómetro. A leitura e controlo das pulsações é de grande importância para que não sejam atingidas situações de ruptura física.
O percurso foi feito em ritmo de passeio, com paragens na Lagoa Azul, na Barragem do Rio da Mula, na Portela de Azóia, a técnica de parar para comer uma maçã e em Sintra pala complal pilas pala a máquina fotogláfica (a chinesinha, que era muito simpática, não vai ler isto…). Também tirei algumas fotografias pelo caminho.
Tratou-se de um percurso que poderia muito bem ser uma etapa da minha aventura. Os 53,790Km foram percorridos em 3horas e 2 minutos, à média de 17,6Km/hora. O coraçãozito fez uma média de 134 batimentos por minuto, nas 3h e 37minutos do controle em que a pulsação máxima foi de 163/minuto.
No final conclui que a média foi baixa, mas o percurso era exigente e poderia ter imposto melhor ritmo, mas isso não era o objectivo. Facto é que cheguei ao fim com pernas para dar e vender…. O selim é adequado, mas se encontrar outro com ergonomia semelhante e mais macio, este deixará de ser alternativa.
O meu estado físico parece-me que começa a estar dentro do aceitável. As subidas foram feitas tranquilamente e sem grande esforço. Na subida que se seguiu à Barragem do Rio da Mula estava mais fresco e quando reparei, as pulsações estavam a ultrapassar as 160/minuto, logo reduzi o ritmo. Daí por diante evitei ultrapassar as 150/minuto e senti-me muito confortável. Vou reduzir o alarme de pulsação máxima para 150/min.

23, 24 e 25/Fevereiro/2010

Em todos estes dias, fiz um circuito de cerca de uma hora, com as médias a melhorarem e às voltas com o selim...

26/Fevereiro/2010

Despedi-me da minha companheira que ficou bem entregue à CC Bikes para ficar como nova. Transmissão, quase toda nova..., verificação dos cubos, etc... etc... A promessa é que dentro de 8 dias está pronta. HM

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