sexta-feira, 30 de abril de 2010

ALMOFADA DE GEL…

Pensava usar a almofada de gel do selim apenas durante a viagem. Contudo, achei que seria melhor experimentar antes, como o fiz. De facto, é mais confortável, mas também requer habituação. Inicialmente, notei até algum desconforto, uma vez que, com alguma facilidade, se desloca do sítio. Voltei a fazer afinações do selim e quando cheguei, depois de 26Km, estava sem qualquer sinal de fadiga.

terça-feira, 27 de abril de 2010

QUASE UM DIA DE JORNADA …

 
 
 

Saí de casa pelas dez horas com 32º de temperatura. Quis fazer um treino que se aproximasse o mais possível de um dia do Caminho de Santiago.
Fiz a marginal até Cascais, passando pelo Banco do Tempo de Cascais. Em Cascais, junto à Guia pedi a um senhor, que passava, para me tirar uma fotografia. Logo após a fotografia e depois de reparar que tinha escrito na camisola Proença é Nova, perguntou se era de Proença e logo disse que era de Vila de Rei. Ele, Carlos Pita, levou uma Bicas (bicicleta da Câmara de Cascais) e fomos de conversa até ao Guincho.
Segui para o Cabo da Roca, desta vez bastante sossegado. Tirei mais umas fotos usando o Gorillapod, comi uma frutita e aí vai ele rumo à Praia Grande, já cheia de gente devidamente equipada. Mais umas fotos e toca a subir até S. Pedro de Sintra (cerca de 10Km sempre a subir), parei cinco minutos a meio, para mais uma maçã e casa com ele.
Em resumo, foram 4 horas e 17 minutos de pedal, 74km à média de 17,20km/h e o coração bateu à média de 122/minuto. A temperatura variou entre os 20 e os 41 graus.
Terminei o treino ainda com capacidade para mais alguns quilómetros.
O selim e suas vizinhanças estão mais pacificados e lá vai o velhinho fizik da Selle Itália até Santiago…, mas com umas dorezitas…

OUTROS TREINOS…

 
 

Durante a semana passada, enquanto fui apanhar ares para a Beira Baixa, a bicla ficou descansada. Os treinos foram outros…, mais virados para as árvores e para a jardinagem…
Ontem, como não podia deixar de ser, toca a pedalar… foram 26Km à média de 22,1Km/h. Cheguei ao fim bastante fresco.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

DE AVENTUREIRO A PEREGRINO - NOVA DATA DE PARTIDA


Do nascimento de uma ideia até à sua concretização vai, geralmente uma grande distância. Quando a sua concretização acontece, se acontecer, já não é como inicialmente imaginado. Do meu ponto de vista, quando se muda, livremente, é geralmente para melhor.
Quando me passou pela cabeça ir a Santiago de Compostela, a tónica principal era a aventura e foi nesse sentido que tenho feito a minha preparação, quer física, quer psicológica, quer logística.
Este blog levou a que o Hélder Neves, que também vai a Santiago, me contactasse, no sentido de irmos os dois. Para que isso acontecesse, teria que abdicar da forte componente de aventura do Caminho, que esteve na génese da ideia, aceitar alteração da data de partida para mais tarde, e enfim…, aceitar riscos inerentes, como diferenças de andamentos, de formas de ser e de pensar, etc… etc.. 
Achei que aquilo de que tinha que abdicar seria compensado por novos desafios. Por isso, no dia 30 de Maio lá vamos os dois, a Caminho de Santiago.
Em resumo, vou ser menos aventureiro e mais peregrino… e como a mudança é voluntária, é certamente, para melhor….

domingo, 18 de abril de 2010

CABO ESPICHEL À VISTA

 
 
 
 

Por ser Domingo, o treinito não deixou de se fazer. Por ter acabado de chover, a estrada estava muito molhada e por isso, as pernas estiveram sempre fresquinhas… de resto, nada que mereça contar-vos. Foram 28 km à média de 22, nada mau!
O treino de ontem, esse sim, tem que contar. Estas coisas da Internet, blogs, etc… têm coisas más, mas também as têm muito boas. Foi através destas modernices que travei conhecimento com o Hélder Neves de Sesimbra e logo combinamos umas pedaladas em conjunto.
Uns minutos antes das dez da manhã lá estávamos a encontrar-nos à entrada de Sesimbra, beneficiando, ainda, da companhia do meu filho, o Gonçalo.
Não tardou que estivéssemos a rolar rumo ao Cabo Espichel, seguindo um percurso, pelo GPS que o Hélder descobriu. Até lá, algumas peripécias tiveram lugar, nomeadamente, como as fotografias documentam, a tentativa de inventar uns caminhitos, para contrariar o GPS. Resultado: - Andamos com as biclas às costas… e que pesadas que elas estavam… a minha com a exacta carga do dia de partida para a grande aventura. O Hélder levava umas garrafas de água para testar os alforges.
Fiquei deslumbrado com duas praias antes do Cabo Espichel. Gostava de saber onde há praias mais bonitas!
De regresso tive a surpresa de um furo lento que permitiu que chegasse em cima da minha Kona a uma bomba de gasolina para ganhar fôlego para chegar ao carro.
Dadas as conversas, invenções e alguns maus caminhos, andamos 33Km à média de 13km/h. Assim, chegaríamos a Santiago, com quem diz, lá para o ano…
Pois é…, mas o Hélder Neves também vai a Santiago! Quem sabe, venhamos a ser companheiros de viagem… HM

sexta-feira, 16 de abril de 2010

ULTRAPASSEI UM PORCHE E UM BMW….

Já lá iam dois dias sem treinos por causa da chuva. Não é que eu tenha medo da chuva, só não quero molhar a menina, porque pode constipar-se….
Aproveitei uma trégua do S. Pedro e aí vamos nós na direcção do Aeródromo de Tires, Cascais Shopping, Sintra, Ranholas, Trajouce e casa.... Foram 27km, numa hora e treze minutos, à média de 22km/h.
Hoje contei com mais um auxiliar de controle que achei engraçado. Passei a dispor de um equipamento que compara a velocidade instantânea com a velocidade média, indica se estou a aumentar a velocidade ou a diminuir e entre outras coisas e a temperatura ambiente… (… é mais uma coisa a pesar...).
Bem! Ia eu com a força toda, na recta do Linhó, ajudado pelo novo brinquedo de controle e não é que dispara o sinal vermelho de controle de velocidade!... não deve ter tido nada a ver com um porche e um BMW que logo passaram por mim… e pararam no sinal. Como, nestas coisas não dou mimos… pimba! Ultrapassei-os e lá ficaram eles humilhados… porque eu é que disparei o sinal… não acham?
No fim do treino, tomei uma atitude drástica com o novo selim que se continua a dar mal com a vizinhança… castigo! Vai para o banco de suplentes e imediatamente substituído pelo velhinho Fizike da Selle Itália que já estava amuado… mas desconfio que ele é que vai a Santiago…
Amanhã há mais novidades, com retratos e tudo…

quarta-feira, 14 de abril de 2010

QUESTÕES TÉCNICAS - TRANSMISSÃO

 
 

As questões técnicas que vou abordar - A transmissão da bicicleta - são recorrentes para os praticantes de BTT. Dirijo-me especialmente aos meus amigos não praticantes ou que sendo-o nunca pensaram no tema. Para isso, vou apoiar-me no que tenho instalado na minha Kona, que, aqui para nós, tem alguns exageros, mas é adequado para mim.
A transmissão compõe-se essencialmente de dois conjuntos de carretos, os da cassete acoplada à roda traseira e três carretos acoplados aos pedais. Estes dois conjuntos de carretos são interligados pela corrente. As mudanças de carretos são feitas pelos desviadores que são comandados do guiador, o do pedaleiro no lado esquerdo e o da cassete traseira do lado direito.
Na minha menina, o maior carreto do pedaleiro tem 44 dentes, o médio 32 e o mais pequeno 22 dentes. A cassete traseira compõe-se de 8 carretos, sendo que o maior tem 32 dentes (um abuso) e o menor 11 dentes.
Na prática, quanto maior (+dentes) for o carreto pedaleiro maior velocidade se consegue imprimir e quanto menor (-dentes) for mais força se consegue disponibilizar. Na cassete traseira, funciona ao contrário, quanto maior o carreto mais força e menos velocidade, quanto menor mais velocidade.
Para o que vou referir a seguir é importante falar da cadência de pedalada, ou seja, o número de pedaladas que damos por minuto. É de extrema importância que cada praticante encontre a sua própria cadência. A partir daí, a cadência mantêm-se sempre mais ou menos constante, o que vai variar são os carretos engrenados que se alteram conforme as necessidades. No meu caso concreto, a cadência média é de uma pedalada por segundo.
Assim, se me encontrar num local plano e as restantes condições o permitirem, vou engrenar o carreto mais pequeno atrás (11 dentes) e à frente (no pedaleiro) o carreto maior (44 dentes). Isso significa que por cada pedalada a roda vai dar quatro voltas (44/11=4). Na minha cadência normal (uma por segundo) faço cerca de 3600 pedaladas por hora o que multiplicado por 2,05metros(perímetro da roda) e por 4 (voltas da roda por cada pedalada) obtenho a velocidade de 29,25Km/h. Se ao contrário, engrenar o carreto maior atrás (32 dentes) e o menor no pedaleiro (22 dentes, por cada pedalada a roda dá apenas 0,69 de volta o que multiplicado pelas 3600 pedaladas/hora e pelo perímetro da roda (2,05m) obtenho 5,09km/hora, nesta caso, desde que tenha condições de aderência, subo qualquer rampa. Os exemplos anteriores são extremos, para velocidade e força e no intermédio muitas outras combinações são possíveis, o que, com o hábito, se faz instintivamente.
E pronto! Espero não ter sido maçador. Se gostarem de saber mais coisas, perguntem que estou ao Vosso dispor.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ALTERAÇÃO DA DATA DE PARTIDA

Estou convencido de que o dia 1 de Maio seria o dia ideal para iniciar o Caminho. Contudo, um convite para um casamento, a que não quero faltar e para estar tranquilo, vou antecipar a partida para Quarta-Feira, dia 28 deste mês.
Estou certo de que o gosto que vou ter em ir ao casamento vai compensar os incómodos do transito pesado à saída de Lisboa.

HÁ QUE CALEJAR...

Terminadas as festividades da Páscoa, o regresso ao trabalho, que é como quem diz, aos treinos. Ontem, Domingo, foi um treino com alguma dureza. A saída foi pelas 10 horas rumo ao Cabo da Roca. Entre a Malveira e o Cabo da Roca tive a oportunidade de apreciar, de outro lado, o bolíço à volta da concentração domingueira dos motards no ponto mais ocidental da europa. Se vi comportamentos correctos, também vi atitudes que a mim, também motard, me arrepiaram. Vi muitos motociclistas que se posicionam na estrada e na mota como se encontrassem numa pista de corridas. Não me admiraria que, Deus queira que não, voltem a surgir mortes ou proibições naquele evento. Pelos menos, as autoridades deviam ser mais activas. No Cabo da Roca era um mar de gente e de modelos e marcas de motas, nem falar. A diversidade de gostos é muito grande...
Voltando ao treino, respirei fundo ao descer para Colares, depois da subidita até à Portela de Azóia. Felizmente que o ânimo não faltou para os 8km, sempre a subir, que ligam colares a S. Pedro de Sintra. Depois, até a casa, foi sempre prego a fundo. Foram 59km, à média de 19,1km/h
Hoje, a voltinha foi mais pequena, mas sempre com a força toda. Com excepção do convívio do selim com a vizinhança, que continua pouco pacífica, tudo parece estar em ordem para a grande aventura. Contudo, o problema da vizinhança do selim tem uma arma secreta, a almofada de gel, mas isso é só para a grande viagem, se necessário, porque, até lá há que calejar...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A CREDENCIAL DO PEREGRINO

 
As imagens acima são da minha Credencial do Peregrino que é um documento que nos identifica como Peregrinos no percurso e na chegada a Santiago. Pode ser obtida em vários locais, nomeadamente, na Associação de Espaço Jacobeu de Lisboa, local onde adquiri a minha. Durante a caminhada, vamos colocando nela carimbos dos Albergues, Refúgios, Igrejas, Polícia, Entidades Administrativas ou Estabelecimentos Comerciais que comprovem a passagem. A apresentação deste documento nos Albergues onde poderemos dormir é indispensável. Com ela poderão, também ser obtidos descontos, nomeadamente em algumas Pousadas de Juventude. Em Santiago apresenta-se na Oficina do Peregrino para receber a Compostela, que é um certificado do cumprimento da Peregrinação. A Compostela só é atribuída a quem tenha percorrido, pelo menos 100 km pé ou a cavalo ou 200 km de bicicleta.

sábado, 3 de abril de 2010

O GRANDE DIA


Nestes dias festivos de Páscoa vou deixar a bicla descansada enquanto eu venho apanhar os ares das Beiras. Contudo a preparação da aventura não pára.
Quanto decidi que ia a Santiago de Compostela de BTT tratei logo de me comprometer com a minha decisão. Adquiri o material que me faltava e logo que adquiri dados suficientes, fixei a data de partida. Dia 1 de Maio foi o dia escolhido, porque as temperaturas, nesta altura são equilibradas em Portugal e Espanha, porque dia 1 é sábado e feriado e é um bom dia para fugir ao trânsito pesado de Lisboa. Escusado será dizer que começo a ficar ansioso porque o dia 1 de Maio nunca mais chega.
Já passei o percurso a pente fino, utilizando o Google Earth tendo por base tracks de para GPS que descobri na Internet. A partir daí criei Waypoints e depois Rotas que se adequem ao meu velhinho GPS Garmin 12. Bem sei que o GPS seria dispensável, e até pode fugir ao espírito, mas como vou sozinho, pode ser muito útil para evitar enganos dolorosos.
Tenho lido diversos relatos de viagem, e acompanhado fóruns sobre o tema. Estou actualmente a acompanhar no Fórum BTT, um grupo que saiu de Lisboa no passado dia 31, entre outros.
Outro aspecto importante é saber onde dormir. Como não vou estabelecer etapas rígidas , já fiz o levantamento dos locais possíveis para dormir.
De vez em quando, levantam-se-me dúvidas do género: - Serei capaz? E se for assaltado? Se caio…? Se fico doente. Contudo para todas elas encontro respostas rápidas… Se vão a pé… Não seria o primeiro a ser assaltado… Cair? Ah! Ah! Ah!... não seria a primeira nem… a vigésima... - Doente?... então para que ser a farmácia que vou carregar…. Nestas coisas, a preparação psicológica é de grande interesse. Quanto a isso, também me encontro bem. Além de tudo, tenho um grande aliado que é o tempo. Poderei sempre parar um dia ou dois. Apesar de ter já estabelecido um objectivo de quilómetros diários – entre 50 e 100 – vou andar, por dia, o que me apetecer até lá chegar.
Então até à próxima mensagem.